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O MACAM — Museu Armando Martins — é um dos projectos museológicos mais aguardados em Lisboa, inaugurado em 2025, com mais de 2000 m² dedicados à arte moderna e contemporânea. A Lightware foi responsável pelo projecto completo de iluminação arquitectónica e museológica, desenvolvendo uma estratégia lumínica orientada para a percepção artística, conservação e narrativa espacial.

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Conceito de iluminação e abordagem curatorial da luz

A iluminação cria uma progressão atmosférica que acompanha o carácter temporal e estilístico das obras expostas. O desenho de luz foi desenvolvido de forma a:

• reforçar a leitura emocional das peças

• definir ritmos de visita e pausas visuais

• guiar o percurso expositivo através de camadas de intensidade e contraste

• estabelecer relações subtis entre luz, sombra e materialidade

A luz não funciona apenas como ferramenta funcional — mas como mediadora entre obra e observador, promovendo contemplação e profundidade perceptiva.

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Conservação, temperatura de cor e controlo de exposição

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O projecto lumínico foi desenvolvido com critérios técnicos rigorosos, respeitando normas museológicas e recomendações internacionais, incluindo orientações da CIE para exposição de arte.

Aspectos técnicos incluídos:

• controlo de iluminância (lux) adequado aos diferentes suportes artísticos

• limitação de exposição luminosa para obras sensíveis

• selecção de fontes com elevado CRI para fidelidade cromática

• equilibração de temperatura de cor para coerência curatorial

O equilíbrio entre preservação e visibilidade foi um princípio central: proteger as obras sem comprometer a sua leitura estética.

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Experiência espacial e percurso do visitante

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A estratégia de iluminação foi desenhada para acompanhar a fluidez do percurso expositivo, criando zonas de aproximação, foco e pausa:

• acentuação luminosa dirigida para pontos-chave

• zonas de transição com menor contraste visual

• criação de ambientes emocionais diferenciados por sala

• hierarquização entre luz geral, luz de acentuação e luz de detalhe

Esta gradação guia o visitante intuitivamente, sem sinalética intrusiva.

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Identidade lumínica e coerência arquitectónica

A iluminação integra-se discretamente na arquitectura do museu, garantindo:

• integração física invisível das luminárias

• redução de encandeamento e reflexos

• sistemas de regulação adaptáveis a futuras curadorias

• flexibilidade museográfica e modularidade técnica

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O resultado é um ambiente onde a luz é silenciosa mas presente — discreta mas expressiva.